A professora de redação

Diário, se não fosse você não teria com quem conversar. Meu dia foi pesado. Ainda bem que não só me ouve como também responde. O quê? Não gostou do clichê " dia pesado"? Pare com isso. O que poderia usar em lugar de dia pesado? Nem sabe, não é? Besta! É que isso de a gente ter de estudar o tempo todo e nem sempre render me aborrece. A pobreza vocabular vem dos aborrecimentos consigo mesmo.  Não rendeu meu estudo,  porque... parece que há uma outra pessoa dentro da gente que, em alguns dias, só quer disfarçar e enrolar.  Abre a geladeira, come canjica; liga a televisão; olha o facebook, posta um cachorro lindo! Mas preciso fazer uma proposta sobre democracia para meus alunos. E tudo precisa ficar claro para que todos entendam. Porque nem todo mundo entende bem o que seja democracia. Nem eu! Sou professora de redação, entendo de paralelismo verbal e semântico, coerência, coesão... Nem a Karem - a quem conheci no face - que me perguntou: será que o Brasil vive uma dem

Meu precioso diário  Está conseguindo levar a terça? Há dias difíceis, não? Você desanima? Eu sim, mas gosto de me esforçar para nunca ficar triste e parada. Gosto de ser produtiva, de sempre estar alerta para aprender o que puder.  Porque, quando a tristeza é grande, a gente tomba numa poltrona e chora - ou dorme.  E os vestibulandos? Sei dos dias custosos deles. Há tempo participo de suas vidas. Hoje, tantos já são profissionais. A maioria, médicos! Ser médico é um sonho. Que sonho é o seu, Diário? Vamos trabalhar? Que tal contar a história de Renata? * * *  Parecia feliz no seu primeiro dia de aula comigo. Veio, por ter ouvido falar das aulas, sabia que eu podia ser útil a ela, dar mais um reforço nas redações.  Quer medicina! Parece que é seu segundo ano de vestibular. Você sabe, Diário, que os que tentam medicina pagam um preço alto. Dias sem diversão; nervosismo; o maldito medo de não passar. Vejo tudo isso em Renata. Assim como vejo nela a grande força que não he

CORREÇÃO NA SEQUÊNCIA. LEIA ATÉ O FIM. QUERIDO E MEIGO DIÁRIO 12h49 Ô, frio! É domingo mas tenho de corrigir redações. Depois dou um rolê na pracinha, antes que o sol desapareça. A gatinha me aluga subindo no computador e me atrapalha. Mesmo assim, deixo para vocês a correção do texto da Nathalia. Faz pouco começou as aulas comigo, faz cursinho no Etapa; mas quer um reforço na redação. Havia preparado sua irmã há alguns anos. É comum o tempo me trazer irmãos. Sonho que no futuro me tragam filhos, pois não pretendo parar de dar aula, nem quando estiver desmemoriada. O que vale é corrigir o texto. E correção é feito receita de bolo. Ninguém esquecerá! Se bem que... Quem sofre de Alzheimer pode esquecer ... Mas ... esquecer-se de como se faz um bolo? Não vou pensar nisso agora. Vamos direto à correção do texto da Nathalia. A proposta eu havia criado outro dia. Olhe o link. Se for vestibulando, pode olhar e depois conferir a minha correção. Meu diário pode ser lido por quem qu